Em 2017, completam-se algumas décadas da emergência da reforma psiquiátrica. Nestes árduos anos de luta tivemos importantes avanços no campo jurídico que propõe que as pessoas em sofrimento psíquico, sejam cuidadas, tratadas no espaço aberto e comunitário, assistidas por uma rede de atenção psicossocial em substituição ao hospital psiquiátrico. Contudo, na contramão deste processo, também convivemos com o jogo de poder que se trava no campo político, pela permanência do hospital psiquiátrico, tanto pelos empresários da loucura, quanto pela produção social sobre a loucura que entende que a pessoa com transtornos psíquicos precisa ser isolada,segregada, privada da liberdade. 
Neste processo, ainda em construção de uma rede de atenção psicossocial, tecida por muitas mãos, o movimento da luta antimanicomial teve importante papel, ao hastear a bandeira em defesa do tratamento em liberdade. A data 18 de maio, dia nacional da luta antimanicomial, não existe apenas para ser comemorada, mas para afirmar o compromisso daqueles que lutam pela efetivação da política nacional de saúde mental, em defesa do tratamento em liberdade, com dignidade das pessoas que vivem a experiência da loucura.
Sendo assim, este evento promovido pelo GEPHE, tem por objetivo promover um espaço de discussão sobre os avanços, as dificuldades e os desafios na implementação da rede de atenção psicossocial, e contará com duas atividades:
-18 de maio (18h30min às 22h30min): mesa redonda "Diálogos entre a teoria e a práxis na atenção a saúde mental”, com a participação da Diretora das Residências Terapêuticas da Rede Pública de Saúde de Maringá, Aparecida Moreno Panhossi da Silva; a Coordenadora da Saúde Mental da Rede Pública de Saúde de Maringá, Maria Heloísa Cella e a Docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Estadual de Maringá, Dra. Maria Lucia Boarini.
- 19 de maio (18h30min às 22h30min): Cine-debate, com a mostra do documentário “Holocausto Brasileiro” com a participação das docentes do curso de Psicologia da Universidade Estadual de Maringá Dra. Daniele Ferrazza e Dra.Roselania Francisconi Borges.
O GEPHE convida a todos interessados a participar deste debate em torno desta importante questão que tende a ser mantida no silêncio perturbador de uma sociedade que diante do sofrimento psíquico de outrem, tem interpretado que o melhor meio de “tratar” é “tirar de circulação”, isolar e segregar e a isso, dizemos NÃO! Porque como o psiquiatra Franco Basaglia e a Vida nos ensina: “A LIBERDADE É TERAPÊUTICA".

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