Física e Poesia: Representações do real? Tools Imprimir Data de início10-06-2020Data de término10-06-2020 CategoriaLiveTítuloFísica e Poesia: Representações do real?SetorPFI - Pós-Graduação em FísicaE-mailEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.Sitehttps://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe98DxHma0F5MAlFfjxzPiscU0Kt71A51onGdnwO8lgxkOLwA/viewform Informações extras19h30 Assista em: https://www.facebook.com/PFIUEM/live Prof. Dr. Luiz Roberto Evangelista Departamento de Física, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil. Dipartimento di Scienza Applicata e Tecnologia, Politecnico di Torino, Torino, Italia. A atividade do cientista ao descrever a realidade física concreta, especificamente, o trabalho do físico, e a atividade do artista (aqui pensamos no poeta), no seu processo criativo, encontram as suas raízes comuns na expressão da vontade, da espontaneidade e são manifestações autênticas sobre a compreensão de nosso mundo particular e de todas as coisas que o circundam. Propomos, aqui, um breve diálogo entre esses dois universos, – que usam linguagens muito distintas, apropriadas ao escopo do conhecimento e ao valor daquilo que se busca –, que são nutridos da mesma pesquisa imaginativa. A ideia de partida é que a física e a poesia possam ser consideradas como duas atividades humanas essenciais, autênticas expressões de um modo de estar no mundo, encontrável nas pessoas criativas e sensíveis – e que, em medida maior e menor, possam muito bem representar um ideal de conhecimento para toda a humanidade. Para motivar esta breve reflexão sobre a convivência entre essas representações do real, partimos de uma imagem oferecida pelo físico Richard Feynman – inspirada provavelmente pelo poeta Walt Whitman – sobre a que talvez seja a mais notável descoberta da astronomia de todos os tempos, a saber, o fato de que as estrelas são feitas de átomos do mesmo tipo daqueles que encontramos na Terra – daqueles dos quais somos feitos. Isso serve para nos fazer compreender que a descrição poética e a do físico não se excluem necessariamente; pelo contrário, elas se propõem como duas possibilidades a serem exploradas, porque, afinal, podemos sempre “sair para rever as estrelas”, tanto como o fazem os poetas Dante e Virgílio, quando saem do Inferno (Inf. XXXIV 139), quanto como fazem os astrônomos, que perscrutam o céu noturno com os instrumentos da óptica.