Vírus da Febre Amarela
O vírus da febre amarela, assim como o da dengue e da zika, é um gênero de vírus RNA, da família flavivírus (transmitidos por mosquitos ou carrapatos) com 40 a 60 nm de diâmetro, possui capsídeo proteico, envelope lipídico com proteínas de membrana e espículas glicoproteicas,apresentando simetria icosaédrica. O ciclo replicativo dos flavivírus inicia-se com a ligação do receptor na superfície celular. Não se conhece ainda qual estrutura serve como receptor, porém diversas moléculas presentes na superfície celular têm se mostrado capazes de interagir com partículas de flavivírus. Após a fixação, inicia-se uma sequência de eventos que culminam com a liberação do genoma de RNA para o citoplasma, quando o vírus, finalmente pode replicar seu RNA.
Obtido em:
http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-62232014000300007
http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v36n2/a12v36n2
Durante uma infecção o organismo humano responde às proteínas com a produção de anticorpos, contra as glicoproteínas estruturais do vírus. As proteínas não estruturais são responsáveis pelas atividades reguladoras e de expressão do vírus incluindo replicação, virulência e patogenicidade.
No Brasil, somente os mosquitos Haemagogus, o Sabethes e o Aedes aegypti são comprovadamente capazes de disseminar o vírus para primatas.
História da Febre Amarela no Brasil
O Estudo do Dr. Odair Franco, em 1969, refere que: “ As recomendações para a execução dessa campanha eram numerosas. Antes de tudo impunha-se atacar a infecção do ar, purificando-o por meio de quarentena de fogo em tôdas as ruas.”
“O Provedor faria o rol dos moradores de cada rua, atribuindo a cada grupo de cinco a obrigação de acender uma fogueira com ervas cheirosas, durante trinta dias. Nas fogueiras se lançariam ramos de murta, incenso, almécega, bálsamo, óleo de copaíba e galhos de aroeira e de erva-cidreira.”
“Estudos preliminares sôbre o uso do vírus 17D na vacinação humana foram feitos em membros da Fundação Rockefeller, em Nova York, e em janeiro de 1937, Dr. Smith trouxe-o para o Brasil, a fim de serem efetuadas pesquisas ulteriores. Desde março daquele ano o Instituto Osvaldo Cruz passou a preparar a vacina 17D, que é empregada no Brasil. Entre as 200 primeiras pessoas vacinadas no Rio, apenas 20% apresentaram alguns sintomas atribuíveis ao vírus, poucos dias após a inoculação: leve cefaléia, dor nas costas, às vêzes seguidas de pequena reação febril. As provas de neutralização realizadas num grupo de 45 pessoas revelaram que 42 tinham completa proteção, 1 proteção parcial e apenas 2 continuavam não imunes. Em junho de 1937 foi iniciada a vacinação em grande escala em Varginha, no sul de Minas Gerais, com os melhores resultados, o que levou os dirigentes do Serviço de Febre-Amarela a estenderem a vacinação com o vírus 17D a outros Estados.”
“O Provedor faria o rol dos moradores de cada rua, atribuindo a cada grupo de cinco a obrigação de acender uma fogueira com ervas cheirosas, durante trinta dias. Nas fogueiras se lançariam ramos de murta, incenso, almécega, bálsamo, óleo de copaíba e galhos de aroeira e de erva-cidreira.”
“Estudos preliminares sôbre o uso do vírus 17D na vacinação humana foram feitos em membros da Fundação Rockefeller, em Nova York, e em janeiro de 1937, Dr. Smith trouxe-o para o Brasil, a fim de serem efetuadas pesquisas ulteriores. Desde março daquele ano o Instituto Osvaldo Cruz passou a preparar a vacina 17D, que é empregada no Brasil. Entre as 200 primeiras pessoas vacinadas no Rio, apenas 20% apresentaram alguns sintomas atribuíveis ao vírus, poucos dias após a inoculação: leve cefaléia, dor nas costas, às vêzes seguidas de pequena reação febril. As provas de neutralização realizadas num grupo de 45 pessoas revelaram que 42 tinham completa proteção, 1 proteção parcial e apenas 2 continuavam não imunes. Em junho de 1937 foi iniciada a vacinação em grande escala em Varginha, no sul de Minas Gerais, com os melhores resultados, o que levou os dirigentes do Serviço de Febre-Amarela a estenderem a vacinação com o vírus 17D a outros Estados.”
Obtido em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0110historia_febre.pdf